Resumo
O delirium nas Unidades de Cuidados Intensivos, é reconhecido como um problema de saúde que tem impacto a longo prazo não só para o doente, como também, no que respeita a encargos financeiros para os serviços de saúde, razões pelas quais, os enfermeiros assumem um papel preponderante na implementação de medidas preventivas de delirium. Objetivo: Identificar as recomendações da literatura científica para intervenções não farmacológicas preventivas de delirium em doentes adultos internados em Unidades de Cuidados Intensivos. Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura em janeiro de 2022, em 11 bases de dados, partindo da questão “quais as recomendações existentes na evidência científica relativas às intervenções não farmacológicas preventivas do delirium em doentes adultos internados na Unidade de Cuidados Intensivos”? A pesquisa e a documentação foram realizadas de acordo com a metodologia PRISMA. Resultados: Como resultado obtivemos 11 artigos. A prevenção de delirium está associada a intervenções que estão organizadas neste estudo em sete categorias: comunicação, estimulação visual, estimulação auditiva, estimulação cognitiva, preservação do sono noturno, mobilização precoce e inclusão da família nos cuidados de saúde. As intervenções não farmacológicas podem efetivamente diminuir a incidência e assim melhorar os resultados clínicos. Conclusões: Das sete categorias representativas das intervenções não farmacológicas preventivas do delirium resultantes desta revisão destacamos duas: a preservação do sono noturno e a estimulação auditiva, uma vez que, estiveram presentes com mais destaque, na quase totalidade dos artigos analisados. As intervenções identificadas , revelam-se eficazes na sua maioria, sendo por isso de grande relevância para a prática clínica.

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